Os servidores de mapas além de disponibilizarem imagens raster e vetoriais georreferenciados podem ser excelentes servidores de dados, serviços e imagens e podem também ir além do uso normal destes servidores.
Na nossa última sessão de brainstorming de geo enquanto muitas ideias eram discutidas quanto à possibilidade de uso de servidores de mapas como o ArcGIS Server e o GeoServer, Marcus levantou a possibilidade de outros usos dos servidores de mapas. Paramos todos o trabalho e iniciamos a tempestade de ideias e, no meio dessa chuva de ideias apareceu uma muito interessante e funcional.
O servidor de mapas GeoServer pode ser servidor de imagens, dados e serviços além de arquivos de diversos formatos também, afinal ele é baseado na linguagem de programação Java, e usa a mesma porta 8080 do Apache Tomcat, e o mesmo acontece com o servidor de mapa ArcGIS Server na versão 9 também baseado em Java só que em outra porta. A diferença está na possibilidade e facilidade, uso e disponibilidade dos serviços, dados e imagens desses servidores. Baseado nessas ideias, resolvemos testar o serviço porque seria muito útil no controle patrimonial de uma entidade, uma vez que seria possível saber quais e quantos equipamentos, móveis e materiais estariam em determinada local georreferenciado.
Saindo um pouco da concha e quebrando parâmetros, esse tipo serviço seria muito útil também na área de engenharia, para o controle das obras; na área de informática, para saber quantos computadores, impressoras ou outros equipamentos teriam no local georreferenciado, além de ser muito útil na marcação de pontos de redes e de telefones; na portaria para saber exatamente o local de determinado funcionário e qual o seu ramal ou email, além de outras inúmeras utilidades. Saindo um pouco mais da concha e ir para outras áreas como a segurança, este tipo de serviço pode informar, baseado em sensores, se o local foi violado ou invadido; na segurança residencial também existe essa possibilidade e além disso informar através de câmeras de seguranças.
Na área imobiliária, a utilidade é grande porque existe a facilidade de um controle visual sobre os imóveis a serem alugados ou vendidos, qual o seu estado atual e assim podemos descobrir muitas outras possibilidades de uso de uma planta baixa em um servidor de mapas. No ArcGIS Server foi possível a inserção de 5 andares de um prédio no mesmo shapefile e, no serviço de dados web service geometry, foi possível fazer joins entre diferentes tipos de SGBDs – Sistema Gerenciador de Banco de Dados do PostgreSQL com o Oracle, graças a grande ferramenta de gerenciamento de dados, o ArcCatalog e o seu arquivo de extensão .mxd. Nos serviços disponibilizados pelos servidores ArcGIS Server e GeoServer é possível o uso de outros dados disponibilizados por web services e também por diferentes serviços WMS – Web Map Service.
Este projeto inicial de exemplo foi desenvolvido usando o servidor de mapas GeoServer e a ferramenta de georreferenciamento QGIS, ambos baseados em plataformas livres, além de uma planta baixa no formato .PNG – Portable Network Graphics. É recomendável uma planta baixa de um arquivo AutoCAD convertido em uma imagem vetorial num shapefile, porque evita a alteração da imagem quando um alto nível de zoom é utilizado.
O primeiro passo foi georreferenciar a imagem no QGIS. Quanto às referências exatas das coordenadas, elas não são importantes uma vez que, existem imagens disponibilizadas de servidores de mapas que não possuem fundos ou de alguns serviços de mapas que possuem apenas dados, por exemplo.
e adicionar os pontos para que a figura esteja georreferenciada,
em seguida é preciso salvá-la no formato TIFF ou GeoTIFF,
Depois de salvada a imagem, abra-a no QGIS, crie uma nova camada de shapefile e polígono, que será a camada que conterá os dados necessários para a disponibilidade das informações…
Em seguida, insira os campos de informações para a tabela do aquivo shapefile lembrando que é possível a obtenção de outras informações de outros serviços, web services…
Agora é só começar a criação das feições (features) no shapefile criado e que está em cima das outras camadas…
Depois de finalizada as criações das feições, os dois arquivos, a imagem (raster) e o shapefile estão prontos para a criação do serviço no GeoServer…
E finalmente iniciar o GeoServer para a criação do serviço…
Depois de devidamente autenticado é recomendável a criação de um novo workspace…
e de dois novos stores, um para o arquivo de imagem raster e o outro para o shapefile e cada qual com a sua configuração conforme o artigo anterior https://geobrainstorms.wordpress.com/2012/05/24/explorando-o-geoserver/ …
Depois de criado os dois serviços é preciso fazer o agrupamento destes seguindo as dicas do post anterior https://geobrainstorms.wordpress.com/2013/12/16/agrupamento-de-camadas-de-mapas-no-geoserver/ …
Em seguida é só clicar no link de visualização da camada e visualizar o serviço criado pelo GeoServer. A partir deste serviço é possível a criação de páginas personalizadas baseados no mesmo para uma melhor visualização. Os dados de cada feição (feature) são disponibilizados na tabela também criada pelo servidor GeoServer conforme o clique no local de referência…
Para saber mais:
– http://www.andersonmedeiros.com/coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-qgis/
– http://www.fernandoquadro.com.br/html/geoserver/
– https://geobrainstorms.wordpress.com/2013/12/16/agrupamento-de-camadas-de-mapas-no-geoserver/
– https://geobrainstorms.wordpress.com/2012/05/24/explorando-o-geoserver/